terça-feira, 9 de fevereiro de 2016

Sempre tem um dia em que você não consegue controlar o tornado que existe dentro de você.
Bom hoje meu dia está assim.
São pequenas gostas que foram enchendo meu copo e o fizeram transbordar, agora não posso mais controlar o tonado que esses pingos se tornaram.
É um raiva insana. Raiva de tudo. Absolutamente tudo.
Raiva dos planos frustrados.

Raiva da vida por ela machucar tanto.
Raiva por ficar tanto tempo em casa em pleno feriado.
Raiva por todos sumirem.
Raiva por minha melhor amiga, e talvez única, estar do outro lado do oceano.
Raiva de ver outra pessoa vivendo a vida que deveria ser minha.
Raiva por esperar tanto dos outros.
Raiva por ninguém ver o que acontece no meu mudo.
Raiva por ser mais conveniente para as pessoas acreditarem que está tudo bem, quando na verdade está tudo desmoronando.
Raiva por as vezes, você ser passivo de mais e me obrigar assumir o controle de uma relação da qual eu deveria ser conduzida.
Raiva, acima de tudo de mim mesma, por sempre voltar a esse maldito ponto de dependência das pessoas. Essa dependência que sempre me mostrou que não importa o que eu faça, ou o quanto eu me esforce, eu sempre estarei sozinha. SOZINHA.
Eu passa a vida toda tentando ser tudo o que as pessoas esperavam que eu fosse, para ver se assim elas não me abandonariam como sempre. Mas não importa o quanto eu tente, o quanto eu me esforce, no final do dia eu estarei sempre sozinha, na companhia apenas dos meu machucados, das minhas angustias, tristezas, meus medos.
As coisas nunca vão mudar.
Por isso essa raiva toda, porque eu sei que as coisas estarem sempre da mesma forma ao final do dia.
E não venham me dizer pra pensar positivo. Ter pensamentos positivos não me abraçam quando estou quebrada e desmoronando. Ser positiva não me impede de sufocar a cada vez que as palavras ficam presas na garganta. Ser positiva não me impede de chorar quase todas as noites por erros que não podem ser consertados.
Não quer ser positiva. Quero ser feliz.
E cada dia que passa ser feliz parece uma realidade distante, distante demais para ser alcançada, para ser tocada.
A única coisa que tenho tocando ultimamente são minhas lágrimas que sempre insistem em cair a cada vez quer percebo, e sinto, minha solidão.

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